segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Você anda vivendo ou sobrevivendo?

Foto: Three Images - Fonte: Getty Images Brasil

No corre-corre do dia a dia temos muitos afazeres: ir para o trabalho, faculdade, pós-graduação, cursinho de línguas, cuidar da casa, educar os filhos e tantas outras tarefas, não é mesmo? E um belo dia quando acordamos, sentimos que a vida se foi, que o mau-humor se instalou e que o desânimo tomou conta de nós e estas tarefas parecem ter perdido o sentido. Por que será que isso acontece?


É como se você tivesse desconectado de suas reais necessidades, daquilo que você realmente quer. Não digo aqui que dinheiro, casa arrumada, estar atualizado no inglês e ter filhos saudáveis e obedientes não possam ser suas necessidades! Mas será que elas são suas mesmo? Ou será que esse panorama representa aquilo que você pensa que deve ser? Ficou difícil de entender? Então vamos lá!

É possível que em algum momento, você tenha criado uma imagem de quem deva ser: o bom pai, a boa mãe, o bom trabalhador, o bom estudante. E cada um destes papéis traz consigo uma série de qualidades das quais você precisa ter. Aí, começou o problema! Quando olhamos para nossa vida e descobrimos que devemos ser muitas coisas. A vida vai se tornando pouco prazerosa quando tudo o que vivemos tem mais a ver com o que pensamos que deveríamos ser do que com o que somos de fato. Fazemos um esforço danado para nos parecermos com aquela imagem que criamos de nós mesmos que... não tem nada a ver conosco! E assim, ao invés de viver a vida, passamos a sobreviver, dia a dia.

Mas espera um instante... sobreviver não é tão ruim assim, é?

Não, sobreviver não é algo tão ruim... Porque sobreviver ainda significa que você quer estar vivo! Que diante das dificuldades da vida, você buscou se adequar ao que você tinha de possível. E isso é bom, sim! E muito! Significa que você escolheu a vida; que você escolheu continuar tentando, insistindo. Só que com isso, a graça do viver foi se perdendo... E é possível resgatá-la de volta!

O que fazer?

Criar momentos de prazer no seu dia a dia. É preciso buscar lá dentro de você o que você tem vontade de fazer. Vontade real de fazer... e não apenas vontade de dar um risquinho de “feito” na sua listinha de afazeres. Que tal ouvir o corpo cansado, que não quer mais trabalhar? Precisa abandonar o trabalho? Talvez até precise (cada caso é um caso)... mas se não for possível, será que uma paradinha para tomar aquele café ou dar uma espreguiçada não ajudam?

Reconectar-se com a atividade em si também é importante. Lembre-se daquilo que o motivou a começá-la no princípio. Você desejou ter um filhinho? Pense no que te motivou a isso. Veja se esses motivos ainda continuam com você ou se eles mudaram. Descubra qual é a sua motivação e faça a valer no dia a dia. Em quê sentido a tarefa que você faz pode te dar prazer?

Sobreviver não é ruim, eu repito. É como se na hora em que estamos prestes a afundar nos agarrássemos a uma bóia salva-vidas. Ter uma bóia é excelente, mas será que atrás de você não tem um barco para te resgatar e te dar liberdade para fazer outras coisas além de sobreviver? Olhe ao redor, abra os ouvidos e descubra se não é possível viver e usar suas mãos para algo além de agarrar-se à sua bóia.

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