quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A importância dos conflitos e como lidar com eles


            Com frequência, ouço queixas de pessoas sofrendo devido a conflitos. Em grande parte das vezes, observo que algumas pessoas têm necessidade de evitar qualquer conflito que seja, a qualquer custo para a sua saúde psíquica. A fantasia de que as relações ficam melhores quando todos concordam em absolutamente tudo, nos impede de reconhecer o potencial de crescimento existente nos conflitos.


O que é o conflito?

            Primeiro, vamos esclarecer o conceito. Quando falo de conflito, então, estou me referindo à expressão de opiniões discordantes por duas ou mais pessoas. Conflito não precisa significar briga, não precisa ter qualquer relação com agressividade e desrespeito, apesar de algumas vezes notarmos tudo isso presente, dificultando a comunicação entre as pessoas.

Quando o conflito é saudável?

            Qualquer interação saudável conta com alguma dose de conflito. Isto porque a humanidade é plural, ou seja, não existe ninguém exatamente igual ao outro. O conflito existe quando as pessoas sentem-se seguras do seu direito de discordar do outro. A briga nasce quando as pessoas não estão seguras de que é direito do outro discordar delas. Um conflito saudável, portanto, é aquele que abre espaço para uma interação plena, onde o existir do outro é respeitado acima de qualquer opinião que eu possa ter.
            Opiniões e existências diferentes, quando em contato uma com a outra, possibilitam o crescimento, pois é no encontro com o novo que eu me faço e refaço. Perls e Goodman (1977) afirmam: “Enquanto as pessoas estiverem em contato, sinceramente visando a melhor realização, quanto mais diferentes forem e manifestarem as diferenças , mais provável é que sejam capazes de produzirem uma idéia melhor do que cada uma individualmente imaginava”.

Quando o conflito dá errado?

            Quando não há respeito por si nem pelo outro. Se eu respeito a mim mesmo, sei que não vale a pena me ausentar de um encontro apenas por temer o que o outro irá pensar de mim, que sou diferente. Se eu respeito o outro, o deixo livre para pensar e agir conforme ele deseja, apesar de eu manifestar minhas idéias.

            A finalidade de um conflito não é convencer alguém de uma opinião, mas sim, exercitar a expressão de mim mesmo, abrindo-me para a troca que pode enriquecer tanto a mim quanto ao outro.          


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